terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Quando...



Quando a gente percebe que nós crescemos,
e o tempo ficou pouco pra tanta coisa que a gente tem que fazer.

que nao vemos mais os amigos com tanta frequência,
e que perdemos algumas coisas que simplesmente aconteceram com os passar dos dias
e que esses dia se tornaram meses, e agora são anos.

mudei da Rua Vega 63, á exatamente 5 anos, em março de 2006,
e com tempo não pude perceber o quanto o me afastei de lá,
o quanto as coisas mudaram.

Aquela sensação de subir aquele morro e não entrar mais na casa ao lado da casa da Jaja, doía demais.
Subir lá e sentar no passeio pra bater papo, mas não com o meu shortinho e com minha blusinha amarela.
Estava apenas de passagem, nem os meninos estavam mais lá.

Depois de mim, mudaram mais gente, a rua foi ficando morta,
quando ia lá via apenas gatos pingados,
mas nada de gritos, cantoria e muito menos "queimada".

Até a Sheila mudou, e quase ninguém mais sentava lá no banquinho debaixo da árvore,
Aquele banquinho que tem muitas histórias.
Nem mais a árvore existe lá.

Agora 5 anos depois,
me pego chorando.
Descobri que a Jaja vai mudar,
a casa número 49 antes da 63
de baixo pra cima vai ficar vazia.

qual será agora meu real motivo pra subir a Rua Vega?
Nenhum.

As coisas foram embora, mudaram.
Nada mais vai ser como antes.
Nada de açougue, ronaldinho gaúcho,
Jaja, Carina, Paulinha, Sheila, e Bruna sentadas lá, cantando....
Rindo horrores, brigando com o Marlon.
(kkkkk)

Cada um foi para um canto, um local, tomou um rumo.

Hoje mais do que ontem, percebo a vida não é uma peça de teatro, não da pra ensaiar simplesmente, tem que viver.

:(

PS: esse post é pra Jaja, e pra Carina, aos bons tempos de cantoria.



*Esse foi o post mais dolorido da minha vida!

2 comentários:

  1. Não consigo parar de pensar, o quanto está sendo difícil. Parece que parei no tempo, porém tá no hora de acordar, né Bruninha.
    Como mudamos, mas a história que vivemos levamos conosco, cada uma de nós tem guardado estes momentos...alegres, engraçados, às vezes tristes, angustiantes.
    Mas sobrevivemos, você não sobreviveu. Tá ai, mas continua sendo a Bruninha, em que tudo virava música. Sempre nos lembramos de vc e sua cantoria (Bruno e Marrone, Ana Carolina).

    É bom saber que apesar da distância não podemos deixar de lembrar o que vivemos e o que ainda temos para viver.Amizade para toda a vida.

    Obrigada por tudo...bjo na bunda e até

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  2. Post dolorido mas muito lindo!
    Espero que a vida te de motivo pra subir muitas ruas...

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